segunda-feira, 30 de maio de 2011

O desejo de ensinar e a arte de aprender - RUBEM ALVES

 
Há muita sabedoria pedagógica nos ditos populares. Como naquele que diz: “É fácil levar a égua até o meio do ribeirão. O difícil é convencer ela a beber a água...”. De fato: se a égua não estiver com sede, ela não beberá água por mais que o seu dono a surre... Mas, se estiver com sede, ela, por vontade própria, tomará a iniciativa de ir até o ribeirão. Aplicado à educação: “É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele não quer aprender."
 
Obs: O título desta postagem é o mesmo do livro desse autor maravilhoso qúe é Rubem Alves. Vale a pena ler.
 
Um abraço a todos
Emanuela (Manu)
30 de maio de 2011

APRENDIZAGEM

     " O PROFESSOR NÃO ENSINA,MAS ARRANJA MODOS DE A PRÓPRIA CRIANÇA DESCOBRIR.CRIAR SITUAÇÕES-PROBLEMAS".
                                                                          (JEAN PIAGET)
CHRISTIANE ROSA

ASSIMILAÇÃO

ASSIMILAÇÃO : incorporação da realidade aos esquemas de ação do indivíduo ou o processo em que o indivíduo transforma o meio para satisfação de suas necessidades.O conhecido ( conhecimento anterior ) representa a assimilação.
Em outras palavras o individuo usa as estruturas que já possui.

CHRISTIANE ROSA (CHRIS)

domingo, 29 de maio de 2011

Perspectivas de Estudo do Desenvolvimento humano  - Na Psicologia do Desenvolvimento, temos algumas perspectivas diversas. Para os teóricos Ambientalistas, entre eles Skinner e Watson (do movimento behaviorista), as crianças nascem como tábulas rasas, que vão aprendendo tudo do ambiente por processos de imitação ou reforço.
Para os teóricos Inatistas, como Chomsky, as crianças já nascem com tudo que precisam na sua estrutura biológica para se desenvolver. Nada é aprendido no ambiente, e sim apenas disparado por este. Para os teóricos Construcionistas, tendo como ícone Piaget, o desenvolvimento é construído a partir de uma interação entre o desenvolvimento biológico e as aquisições da criança com o meio. Temos ainda uma abordagem Sociointeracionista, de Vygotsky, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá em relação nas trocas entre parceiros sociais, através de processos de interação e mediação. Temos a perspectiva Evolucionista, influenciada pela teoria de Fodor, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá no desenvolvimento das características humanas e variações individuais como produto de uma interação de mecanismos genéticos e ecológicos, envolvendo experiências únicas de cada indivíduo desde antes do nascimento. Ainda existe a visão de desenvolvimento Psicanalítica, em que temos como expoentes Freud, Klein, Winnicott e Erikson. Tal perspectiva procura entender o desenvolvimento humano a partir de motivações conscientes e inconscientes da criança, focando seus conflitos internos durante a infância e pelo resto do ciclo vital.






Givanilda Maria Lopes


 

Punição: Após bullying, menino terá que lavar louça e pátio de escola

Sei que estamos estudando Piaget, mas lendo umas notícias  na internet me deparei com este caso. Gostaria da opinião dos demais colegas.




O adolescente de 13 anos que foi flagrado extorquindo dinheiro de um colega de escola, em Campo Grande (MS), terá que limpar o pátio e lavar as louças da merenda do colégio por três meses. A punição foi determinada nesta sexta-feira pelo titular da 27º Promotoria da Infância e Juventude do município, Sérgio Harfouche. 

"O menino se mostrou arrependido. Essa medida é uma oportunidade para ele aprender a não realizar novos atos como este, o que não aconteceria em uma Unei [Unidade Educacional de Internação", afirmou o promotor. 

Além das atividades no colégio, a punição prevê que o adolescente deverá participar de um curso sobre bullying. As penalidades serão aplicadas a partir de segunda-feira (30). 

De acordo com o promotor, a adoção dos "castigos" no lugar de medidas sócioeducativas faz parte do Proceve (programa contra violência e evasão escolar), em ação no município há dois anos. 

"O programa oferece aos jovens a chance deles mostrarem que não vão voltar a cometer os mesmos problemas. Se o autor voltar a ter esta atitude, vou ser obrigado a pedir a sua internação", disse Harfouche. 

O dinheiro retirado do colega durante um ano --cerca de R$ 500-- será pago pela mãe do autor aos aos pais da vítima. 

CASO 

As ameaças começaram na 7ª série, quando os dois alunos ainda estudavam juntos. De acordo com a delegada Aline Sinnott Lopes, responsável pelo caso, o suposto agressor começou a extorquir o garoto e a ameaçá-lo ao perceber que ele era mais 'frágil'. Primeiro, ele obrigava a vítima a fazer suas tarefas escolares. Depois, a pagar lanches na escola. Em seguida, o colega começou a exigir dinheiro do garoto. 

As extorsões --de R$ 50 a R$ 90 por vez-- continuaram mesmo após o agressor pedir transferência de escola, no final do ano passado. 

As ameaças foram comprovadas após a polícia ter acesso a ligações telefônicas entre os dois meninos. Segundo a delegada Lopes, a vítima pegava dinheiro escondido da família para repassar ao outro adolescente. Em uma das ligações, ele diz que vai 'arrebentá-lo' caso ele não dê o valor pedido. 

Em depoimento à polícia, o adolescente confessou ter recebido dinheiro do menino, mas em valor menor que o informado pela vítima. Ele disse que bateu no garoto apenas uma vez, na metade do ano passado. De acordo com Lopes, o adolescente ficou nervoso e chegou a urinar ao encontrar a polícia, que acompanhou um dos momentos em que ele recebia o dinheiro. 

Outros dois meninos da mesma idade também são suspeitos de tentar extorquir o garoto e estão sendo investigados. Um deles é colega da vítima.
Fonte; Folha on-line 28/05/2011 




    A punição
      punição é diferente do reforço negativo. Em termos conceituais, a punição se refere a um desprazer (estímulo) que se faz presente após um determinado comportamento não pretendido por aquele que a aplica, enquanto que o reforço negativo se caracteriza pela ausência (retirada) do desprazer após a ocorrência de um comportamento pretendido por aquele que o promove. Skinner ilustra assim o aspecto anti-pedagógico da punição:
    • "O pai reclama do filho até que cumpra uma tarefa: ao cumpri-la, o filho escapa às reclamações (reforçando o comportamento do pai). ...Um professor ameaça seus alunos de castigos corporais ou de reprovação, até quem resolvam prestar atenção à aula; se obedecerem estarão afastando a ameaça de castigo (e reforçam seu emprego pelo professor). De um ou outra forma, o controle adverso intencional é o padrão de quase todo o ajustamento social - na ética, na religião, no governo, na economia, na educação, na psicoterapia e na vida familiar(Skinner, 1971, pp. 26-27)
    A punição, neste sentido, não modifica o comportamento de quem a promove, nem - a longo prazo - de quem a recebe (por exemplo, a punição de ser preso não modifica o comportamento anteriormente condicionado e operante do punido). 
     Neste caso usar punição para o garoto é o mais adequado? Fica aí a dúvida...
     LEANDRO WAGNER

A teoria psicogenética de Piaget - O processo de construção do conhecimento compreendido a partir do referencial teórico piagetiano.

A teoria psicogenética de Piaget - O processo de construção do conhecimento compreendido a partir do referencial teórico piagetiano
Existe uma questão fundamental que embasa a teoria psicogenética de Piaget, que é: Como o ser humano constrói o conhecimento? Em busca de uma resposta a essa pergunta é que Piaget desenvolveu a chamada Teoria da Equilibração. Nela, justifica-se o conhecimento como algo móvel e dinâmico, ou seja, há momentos de equilibração e momentos de desequilíbrio. O desequilíbrio acontece quando surge o chamado conflito cognitivo.

O conflito cognitivo se estabelece quando o esquema mental que o indivíduo possui já não contempla as situações nas quais está inserido ou já não supre suas necessidades. Então, acontece a desequilibração. Nesse momento, o indivíduo passa a desenvolver e a transformar ou sofisticar os esquemas mentais já desenvolvidos. Assim, passa a resolver a situação, e o equilíbrio se restabelece. Isso significa que o equilíbrio volta a ser majorante.

Os esquemas apresentam-se numa estrutura, ou seja, numa forma organizada da inteligência, uma estrutura cognitiva. A inteligência tem como função a constante adaptação dos esquemas. A adaptação utiliza-se tanto da assimilação (incorporar o objeto às estruturas e aos esquemas que o indivíduo já possui) como da acomodação (mudanças nos esquemas para dar conta da situação). Além disso, os esquemas se assemelham à ideia de modelo, que é a representação mental do objeto real, do objeto do conhecimento.

Já que os esquemas podem ser classificados como sendo de: ação (motores) e representação (conceituais), o conceito de modelo está ligado aos esquemas de representação. Em Piaget, representação é a capacidade de pensar um objeto através de outro, e é por esse motivo que estão diretamente relacionados ao conceito. Nos esquemas conceituais, para construir o conceito, o indivíduo não “traz” o objeto inteiro, mas apenas características ou propriedades fundamentais, ou essenciais, para construir uma representação, o esquema, desse objeto. Assim, o conhecimento é, na verdade, uma representação da realidade, ou seja, representar significa tornar presente novamente. Isso é a abstração. Abstrair é, na verdade, “descolar” do objeto real. O conceito só passa a ser conceito quando ele se “descola” do objeto.

As abstrações estão relacionadas diretamente às experiências. Tanto existem duas formas de experiência — física e lógica — como, respectivamente, existem duas formas de abstração — empírica e reflexiva. Na experiência física, a abstração empírica está presente porque o próprio objeto dá ao sujeito a informação de que precisa. Na experiência lógica, a abstração reflexiva está presente porque a reflexão do sujeito é que dá a informação necessária; e essa relação é lógica — sua ação sobre o objeto —, é o seu pensar sobre o seu agir.

Vale ressaltar que os esquemas de ação não estão vinculados aos reflexos, porque o esquema é uma ação intencional, a qual podemos manipular, e o reflexo não é intencional, embora, junto com o desenvolvimento, se transforme em esquemas.

Tudo isso converge para o argumento de que a ação no mundo implica uma coordenação de esquemas, que, por sua vez, têm a função de dar autonomia aos indivíduos. Aqui, autonomia está relacionada à ideia de plasticidade cerebral: a possibilidade de o cérebro ser modificado. Nesse sentido, o sujeito em Piaget é considerado epistêmico porque está sempre buscando elaborar hipóteses para explicar o mundo. Assim, a construção do eu e do objeto acontece a partir das frustrações, da necessidade de a criança desejar algo que não é ela, que está fora dela. E esse algo que está fora dela trata-se do esquema de objeto permanente: o objeto existe independentemente do sujeito; no caso, a criança. Para que ela identifique esse objeto fora dela, precisa representá-lo por algo que substitui esse objeto, que é a linguagem.

Quando a criança passa a compreender a função representativa da linguagem, esse fato provoca a função simbólica. A função simbólica significa que a linguagem é uma representação do pensamento. A palavra é a representação de uma ausência. Em Piaget, o pensamento se estabelece antes da linguagem. Entretanto, para que a linguagem possa se estabelecer, é preciso compreender que há um estágio anterior, que prepara a inteligência.

Em Piaget, há, na verdade, a ideia de estágios. Os estágios são caracterizados por certas formas de inteligência, e cada uma dessas formas integra e prepara os estágios seguintes. Os estágios são: sensório-motor, pré-operatório e operatório. Este último divide-se em operatório concreto e operatório formal². Respectivamente, a inteligência de cada estágio são as inteligências prática, representativa e operatória.
A inteligência prática do estágio sensório-motor é marcada fundamentalmente pelo desenvolvimento das sensações e percepções e pelo desenvolvimento de conceitos fundamentais, tais como: eu, objeto, espaço, tempo, causalidade (causa e efeito), além do desenvolvimento da motricidade.
A transição do estágio sensório-motor para o pré-operatório é marcada pelo nascimento da função simbólica, que surge com o desenvolvimento do objeto permanente (ambos vistos anteriormente neste texto).

A inteligência representativa do estágio pré-operatório é marcada pela introdução, principalmente, de três aspectos: da moralidade, da linguagem e do egocentrismo. Dentre esses três aspectos, aquele que se tornou a grande marca do estágio pré-operatório foi o egocentrismo. Entretanto, esse elemento deve aqui ser entendido no sentido de não conseguir realizar a empatia, ou seja, não conseguir ver o mundo pelos olhos dos outros. Ainda sobre esse estágio, a linguagem encontra-se no realismo nominal.
A transição do estágio pré-operatório para o operatório concreto é marcada pelo desenvolvimento da operação, e a transição do estágio operatório concreto para o operatório formal é marcada pelo desenvolvimento do raciocínio hipotético-dedutivo.

A inteligência operatória do estágio operatório concreto é marcada pelo desenvolvimento da reversibilidade e pelo sentimento de necessidade. A definição de operação, citada no parágrafo anterior, é, na verdade, a ação mental reversível, a ação interiorizada reversível. E reversibilidade é a capacidade de ir e vir em pensamento, ação e anulação, parte e todo.

Quais as contribuições da teoria psicogenética de Piaget para o construtivismo na Educação?

Uma das mais importantes contribuições da teoria de Piaget é considerar o sujeito como epistêmico, que está sempre buscando elaborar hipóteses para explicar o mundo. A partir desse parâmetro adotado por Piaget, em Educação, passamos a ter o parâmetro de que o processo de construção do conhecimento dos sujeitos envolvidos se desenvolve também pautado na autonomia. Essa autonomia é muito importante porque passamos a entender que ninguém transmite nada a outras pessoas, mas é a própria pessoa que organiza, escolhe ou estabelece, de forma autônoma, a construção do conhecimento. Para a Educação, ter a clareza de que a construção do conhecimento acontece de forma endógena (interna) é muito importante, já que muitos educadores avaliam seus estudantes apenas por aquilo que eles lhes mostram. Essa clareza da construção interna nos remete ao fato de que é necessário utilizarmos diversos instrumentos e recursos de avaliação para possibilitar aos estudantes diferentes formas de externar aquilo que construíram internamente. Outro aspecto fundamental é não basear a ação educativa na seguinte ideia: se é uma construção interna, não há necessidade de interferir nesse processo. Diante disso, em Educação, é preciso não confundir espontaneísmo com construtivismo. O espontaneísmo é que adota a ideia de que nada precisa ser feito para algo se desenvolver. Entretanto, seguindo o referencial de Piaget, a Educação, para ser construtivista, deverá se basear em atividades por meio das quais os educandos possam desenvolver o conhecimento necessário à execução delas mesmas.

Essas atividades, na verdade, são conhecidas em Educação como situações de aprendizagem. Na verdade, o educador propõe, escolhe ou determina contextos nos quais os educandos possam desenvolver os esquemas apresentados por Piaget. Vale ressaltar que, nessas situações de aprendizagem, se não houver interação, não há desenvolvimento. Portanto, consideramos que Piaget tem uma postura que considera e até mesmo baseia sua teoria na relação com o social.

Para determinar essas situações de aprendizagem, o professor precisa levar em consideração o conceito de conflito cognitivo proposto por Piaget. Aqui, conflito deve ser visto como algo bom, já que desenvolve o equilíbrio majorante. Portanto, é necessário identificar o conhecimento prévio dos estudantes e propor situações de aprendizagem que objetivem e desenvolvam os esquemas mentais desejados.

Assim, nos planejamentos, nas propostas de trabalho e nas atividades realizadas, é necessário que o educador tenha consciência de que a definição de competência, muito utilizada atualmente por Perrenoult, seria a coordenação dos esquemas de Piaget. A coordenação dos esquemas, na verdade, é algo presente em toda e qualquer forma de construção do conhecimento. Isso significa que as escolas podem estruturar seu currículo da maneira que considerarem mais conveniente (por disciplina, por projetos ou qualquer outra ordenação), mas é possível que a forma mais adequada seja determinando os esquemas mentais que devem ser desenvolvidos ao longo de cada série ou ciclo de acordo com cada fase proposta por Piaget.

Para desenvolver os conceitos de abstração e representação que Piaget pontua, é necessário que a Educação proponha estratégias que atuem no esquema mental puramente simbólico. Algumas dessas estratégias são brincadeira, literatura, cinema, pintura, escultura, enfim, as artes de um modo geral. Esse fato embasa a necessidade de a Educação não ser fragmentada, mas estar cada vez mais interdisciplinar e, quem sabe, chegar a atingir um grau tão grande de interdisciplinaridade que passe a ser transdisciplinar.

Enfim, podemos perceber, por meio desses argumentos, que a teoria de Piaget está muito presente na Educação atual e ainda contribui significativamente para o processo de construção do conhecimento.

                                                                                                                     Jacqueline Silva

AS TEORIAS DE PIAGET PARA EDUCAÇÃO.

A educação na visão Piagetiana: com base nesses pressupostos, a educação deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório- motor até o operatório abstrato.
A escola deve partir ( ver: Piaget na Escola de Educação Infantil) dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.
Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se às informações advindas do meio, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas, como resultado de uma interação, na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver as interrogações que esse mundo provoca.
É aquele que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu mundo. Não é um sujeito que espera que alguém que possui um conhecimento o transmita a ele por um ato de bondade.
Vamos esclarecer um pouco mais para você: quando se fala em sujeito ativo, não estamos falando de alguém que faz muitas coisas, nem ao menos de alguém que tem uma atividade observável.
O sujeito ativo de que falamos é aquele que compara, exclui, ordena, categoriza, classifica, reformula, comprova, formula hipóteses, etc... em uma ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu grau de desenvolvimento). Alguém que esteja realizando algo materialmente, porém seguindo um modelo dado por outro, para ser copiado, não é habitualmente um sujeito intelectualmente ativo.

Principais objetivos da educação: formação de homens "criativos, inventivos e descobridores", de pessoas críticas e ativas, e na busca constante da construção da autonomia.

Devemos lembrar que Piaget não propõe um método de ensino, mas, ao contrário, elabora uma teoria do conhecimento e desenvolve muitas investigações cujos resultados são utilizados por psicólogos e pedagogos.
Desse modo, suas pesquisas recebem diversas interpretações que se concretizam em propostas didáticas também diversas.

Implicações do pensamento piagetiano para a aprendizagem
Os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados no aluno, partir das atividades do aluno.

Os conteúdos não são concebidos como fins em si mesmos, mas como instrumentos que servem ao desenvolvimento evolutivo natural.

primazia de um método que leve ao descobrimento por parte do aluno ao invés de receber passivamente através do professor.

A aprendizagem é um processo construído internamente.

A aprendizagem depende do nível de desenvolvimento do sujeito.

A aprendizagem é um processo de reorganização cognitiva.

Os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem.

A interação social favorece a aprendizagem.

As experiências de aprendizagem necessitam estruturar-se de modo a privilegiarem a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vista na busca conjunta do conhecimento.

Piaget não aponta respostas sobre o que e como ensinar, mas permite compreender como a criança e o adolescente aprendem, fornecendo um referencial para a identificação das possibilidades e limitações de crianças e adolescentes. Desta maneira, oferece ao professor uma atitude de respeito às condições intelectuais do aluno e um modo de interpretar suas condutas verbais e não verbais para poder trabalhar melhor com elas.

                                                                                                                            Jacqueline Silva

sexta-feira, 27 de maio de 2011


 

APRENDIZAGEM...

"Aprender não significa adquirir mais informação, mas expandir a capacidade de produzir os resultados que verdadeiramente desejamos na vida."
 
Aprender não quer dizer fazer uma interpretação e representação interna da realidade ou informação externa, mas fazer uma interpretação e representação pessoal de tal realidade. A interação pessoal e a construção individual juntas contribuem para que o individuo obtenha uma aprendizagem unica! Ninguém pode aprender por nós.
 
 
 "PARA MIM A EDUCAÇÃO CONSISTE EM FAZER CRIADORES." Jean Piaget

Débora Tomé s2

Aprender...



Que aprender tenha:
Sentido
Significado
Proximidade comigo
Intencionalidade
Beleza
Alegria
E que ao me contactar com tudo isso....eu me revele querer sempre mais...
Emanuela (Manu)
27/05/2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Henri Wallon e as Etapas do Desenvolvimento Hunamo..

Wallon propõe a psicogénese da pessoa completa (psicologia genética), ou seja, o estudo integrado do desenvolvimento.  
 
  Para ele o estudo do desenvolvimento humano deve considerar o sujeito como “geneticamente social” e estudar a criança contextualizada, nas relações com o meio. Wallon recorreu a outros campos de conhecimento para aprofundar a explicação dos factores de desenvolvimento (neurologia, psicopatologia, antropologia, psicologia animal).


·    Considera que não é possível seleccionar um único aspecto do ser humano e vê o desenvolvimento nos vários campos funcionais nos quais se distribui a actividade infantil (afectivo, motor e cognitivo).  
·    Vemos então que para ele não é possível dissociar o biológico do social no homem. Esta é uma das características básicas da sua Teoria do Desenvolvimento.



 Givanilda Lopes (Gill)..



segunda-feira, 23 de maio de 2011

Na Educação, a importância de testar hipóteses e soluções

Outra concepção diretamente derivada da obra de Jean Piaget é a noção de que, se todos têm as mesmas possibilidades de construir conhecimento, então todos podem aprender. A essa altura, uma questão parece inevitável: o que explica as diferenças de conhecimento - por vezes tão acentuadas - entre os indivíduos? Por que algumas pessoas chegam à idade adulta com um amplo domínio dos conteúdos científicos e outras não?

Para o grande pensador suíço, salvo nos casos de indivíduos com algum dano cerebral, a capacidade de aprender está diretamente relacionada às oportunidades de troca. A explicação para os distintos níveis de aprendizagem passa por aí: hoje sabe-se, por exemplo, que crianças que possuem contato com livros em casa chegam à escola com mais facilidade para se alfabetizar do que as que vivem em famílias que não têm o hábito da leitura. "Tais defasagens, porém, são transitórias. Se tiverem mais oportunidades, essas crianças podem perfeitamente superar as diferenças", completa Zélia Ramozzi-Chiarottino, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).
 
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(Sendo assim, torna-se compreensível p/ mim que quanto mais inflúência c/ os objetos que gerem oportunidade de aprendizagem para a criança, mais elas terão chance de desenvolver potencialidades de desenvolvimento...seria isso mesmo?????)
 
Emanuela (Manu)
23 de maio de 2011.

Aprendizagem, desenvolvimento e conhecimento na obra de Jean Piaget: uma análise do processo de ensino-aprendizagem em Ciências

Na busca de uma explicação científica da existência psicológica do homem, Piaget procura estabelecer um nexo lógico entre a psicologia e a biologia (Piaget, 1973). A partir da procura de traços sistemáticos do pensamento de crianças que correspondessem à hierarquia biológica da célula, organismo e espécie, desenvolve uma metodologia própria de pesquisa. Esta metodologia tem uma abordagem qualitativa que agrega um conjunto de técnicas de investigação.

Aprendizagem, desenvolvimento e conhecimento
Piaget se propõe a estudar
a gênese do conhecimento centrado na ação do sujeito, ou de como se dá o desenvolvimento de sua inteligência, essa última entendida não como a faculdade de saber, mas como um conjunto de estruturas mentais momentaneamente adaptadas – "toda inteligência é uma adaptação" (Piaget, 1982, p. 162). Em função disso, surge o questionamento sobre o que é a aprendizagem para a psicologia genética. Essa pergunta é respondida por ele, quando diferencia desenvolvimento e aprendizagem:
Primeiro, eu gostaria de esclarecer a diferença
entre dois problemas: o problema
do desenvolvimento e o da aprendizagem.
(...) desenvolvimento é um processo
que diz respeito à totalidade das
estruturas de conhecimento. Aprendizagem
apresenta o caso oposto. Em geral,
a aprendizagem é provocada por situações
– provocada por psicólogos experimentais;
ou por professores em relação
a um tópico específico; ou por uma situação
externa. Em geral, é provocada e
não espontânea. Além disso, é um processo
limitado – limitado a um problema
único ou a uma estrutura única. Assim,
eu penso que desenvolvimento explica
aprendizagem, e essa opinião é contrária
à opinião amplamente difundida de
que o desenvolvimento é uma soma de
experiências discretas de aprendizagem
(Piaget, 1964, p. 176).

Um forte abraço a todos e todas..
Emanuela (Manu)
23 de maio de 2011.

domingo, 22 de maio de 2011

Etapas de evolução...



*Sensório-motor (0 aos 18/24 meses aproximadamente): nesta fase a criança está explorando o meio físico através de seus esquemas motores.

*Pré-operatório (2 anos a mais ou menos 7 anos): a criança é capaz de simbolizar, de evocar objetos ausentes. Estabelece diferença entre significante e significado, o que possibilita distância espaço-temporal entre o sujeito e o objeto, por meio da imagem mental. A criança é capaz de imitar gestos, mesmo com a ausência de modelos.

*Operatório Concreto (7 a 11 anos): a criança tem a inteligência operatória concreta, sendo capaz de realizar uma ação interiorizada, executada em pensamento, reversível, pois admite a possibilidade de uma inversão e coordenação com outras ações, também interiorizadas. Necessita de material concreto, para realizar essas operações, mas já está apta a considerar o ponto de vista do outro, sendo que está saindo do egocentrismo.

*Formal (entre os 9/10 anos aos 15/16 anos): o adolescente tem as estruturas intelectuais para combinar as proporções, as noções probabilísticas, raciocínio hipotético dedutivo de forma complexa e abstrata.


"Em princípio os educadores seguidores da teoria psicogenética acreditavam que a psicologia e a epistemologia genética possuíam a chave para solucionar, se não todos, pelo menos alguns dos problemas educacionais mais importantes. Porém mais adiante os educadores decepcionaram-se ao verificar que, na prática educacional, os resultados são surpreendentemente pequenos em relação aos esforços despendidos. Isto talvez devido a teoria genética ser de difícil compreensão e também pela forma como essa teoria foi colocada nas escolas, com objetivo de análise dos problemas relacionados a educação. Mesmo assim, a visão piagetiana vem sendo usada e discutida nos meios educacionais."

A teoria de Piaget, em minha concepção, não resolvem os problemas educacionais, mas sim apontam as causas de alguns problemas, cabe a nós futuros educadores procurar a melhor forma de utilizar essas teorias.... Mas como inserir nas práticas educacionais contemporâneas, onde a realidade é tão distinta, crianças apresentam um desenvolvimento tão influênciado pelos meios de comunicção ou pela própria sociedade com famílias desestruturadas.  Como ser tão organizado no meio de uma desorganização geral? 
É preciso viver em constante  ADPTAÇÃO ,  estabelecer uma ponte entre teoria e prática, definitavamente não é fácil!!!! Parabéns é essa missão quase impossível, que escolhemos para a nossa vida!!!

Ass: Juliana Maria Batista

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Assimilação e acomodação

Pelo visto nos textos estudados, penso que para Piaget, o equilíbrio é o norte que o organismo almeja,  mas que nunca alcança isso por que no processo de interação podem ocorrer desajustes do meio ambiente que rompem com o equilíbrio do organismo, dando início a esforços para que a adaptação se restabeleça. Essa busca do organismo por novas formas de adaptação, ensina,  envolvem dois mecanismos que apesar de distintos são indissociáveis e que se complementam: a assimilação e a acomodação.
A assimilação consiste na tentativa do indivíduo em solucionar uma determinada situação a partir da estrutura cognitiva que ele possui naquele momento específico da sua existência. Como o processo de assimilação representa sempre uma tentativa de integração de aspectos experienciais aos esquemas previamente estruturados, ao entrar em contato com o objeto do conhecimento o indivíduo busca retirar dele as informações que lhe interessam deixando outras que não lhe são tão importantes.
 A acomodação, por sua vez,  consiste na capacidade de modificação da estrutura mental antiga para dar conta de dominar um novo objeto do conhecimento, então, toda experiência é assimilada a uma estrutura de idéias já existentes (esquemas) podendo provocar uma transformação nesses esquemas, ou seja, gerando um processo de acomodação. 
Conclusão: os processos de assimilação e acomodação são complementares e acham-se presentes durante toda a vida do indivíduo e permitem um estado de adaptação intelectual, deste modo, é muito difícil, se não impossível, imaginar uma situação em que possa ocorrer assimilação sem acomodação, pois dificilmente um objeto é igual a outro já conhecido, ou uma situação é exatamente igual a outra.

Gilberto Café

E lá vem Poesia...

Olá, queridos!
Nessa semana Piagetiana, gostaria de compartilhar com vocês, uma poesia escrita por Yasmim Chalfoun Pomárico de Souza, de apenas 11 anos de idade. Esse texto ratifica o que refletimos em nossas aulas, na qual a criança produz e é um intelectual, isto é, a criança é fonte de conhecimento.




Quem sou eu ?
 

 Sabe, às vezes fui pássaro, 
 às vezes fui um grande não, 
 às vezes fui sol, 
 às vezes uma canção... 
 Um dia, eu fui, 
 uma brisa pequena, 
 leve, doce, 
 feliz, serena... 
 Um dia fui anjo, 
 e como um anjo tem serviço! 
 Ei, cuidado, calma! 
 Menino, não faça isso! 
 Já fui placa na  
 estrada, 
 dizendo a todos que a rota que eles seguiam 
    estava sendo arrumada. 
 Já fui árvore florida, 
 da raiz aos galhos 
 e como era divertido 
 flagrar os beijos dos namorados... 
 Já fui sino 
 que bateu, 
 já fui boca 
 que bebeu... 
  
       ... 
            ... 
                  ... 
 Ah, mas pensando bem, 
 nunca fui o que contei aqui, 
 acho que tudo foi um sonho, 
 um sonho que vivi... 

(Por Yasmim Chalfoun Pomárico de Souza)
 
 

Saudações,
                  Camila Oliveira

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Para pensar...

Os críticos de Piaget costumam dizer que ele deu importância excessiva aos processos individuais e internos de aquisição do aprendizado. Os que afirmam isso em geral contrapõem a obra piagetiana à do pensador bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934). Para ele, como para Piaget, o aprendizado se dá por interação entre estruturas internas e contextos externos. A diferença é que, segundo Vygotsky, esse aprendizado depende fundamentalmente da influência ativa do meio social, que Piaget tendia a considerar apenas uma "interferência" na construção do conhecimento. "É preciso lembrar que Piaget queria abordar o conhecimento do ponto de vista de qualquer criança", diz Lino de Macedo em defesa do cientista suíço.

 Pela sua experiência em sala de aula, que peso o meio social tem nos processos propriamente cognitivos das crianças?


A obra de Piaget leva à conclusão de que o trabalho de educar crianças não se refere tanto à transmissão de conteúdos quanto a favorecer a atividade mental do aluno. Conhecer sua obra, portanto, pode ajudar o professor a tornar seu trabalho mais eficiente. Algumas escolas planejam as suas atividades de acordo com os estágios do desenvolvimento cognitivo. Nas classes de Educação Infantil com crianças entre 2 e 3 anos, por exemplo, não é difícil perceber que elas estão em plena descoberta da representação. Começam a brincar de ser outra pessoa, com imitação das atividades vistas em casa e dos personagens das histórias. A escola fará bem em dar vazão a isso promovendo uma ampliação do repertório de referências. Mas é importante lembrar que os modelos teóricos são sempre parciais e que, no caso de Piaget em particular, não existem receitas para a sala de aula.




Marcella Vasconcelos.

Dever da escola segundo Jean Piaget

Gente, diante do exposto em sala de aula comecei a pensar: Quais as contribuições de Piaget em sala de aula? Então encontrei este Blog  de Cássio Oliveira. Com uma linguagem simples, ele deixa claro alguns papeis da escola segundo Piaget.
       
"Segundo Piaget, é dever da escola propor atividades que provoquem os conflitos suficientes para gerar a necessidade de resolução de problemáticas por parte do aluno. Este deve ser desafiado de tal maneira que sinta o desequilíbrio, provocando em seu organismo sucessivos reequilíbrios. Neste processo de conflitos o aluno constrói seu conhecimento, de maneira criativa. Tais conflitos estimulam o indivíduo a adotar um perfil crítico, ativo e que busca constantemente o conhecimento.

      Para que uma atividade escolar ou método de ensino esteja fundamentada na teoria de Jean Piaget deve ter sua prática pedagógica fundamentada em alguns princípios básicos, tais como:
Problemática – Este é o ponto de partida e a fonte dos novos conhecimentos e conflitos. O aluno deve se sentir motivado e desafiado a resolver os problemas expostos. A problemática deve causar o chamado desequilíbrio e provocar a busca pela acomodação do novo conhecimento, culminando no aprendizado.
   Interação - Utilizar, experimentar, abordar seus diversos aspectos com diferentes visões. O desenvolvimento da criança deve partir da interação com outras crianças, através do trabalho em grupo, onde o professor cria situações-problema.
     Organização e visualização – Para confrontar os novos conhecimentos com aqueles já aprendidos, é necessário organização de conteúdo. É preciso que haja a orientação necessária para que se atinja os objetivos propostos. Esta organização deve ser realizada de tal maneira que favoreça que o aluno tenha múltiplas visões de um mesmo objeto de estudo. O somatório destas visões, após problematizadas e o estabelecimento do reequilíbrio, impactarão no aprendizado." Cássio Oliveira


Aline Jéssica

segunda-feira, 16 de maio de 2011

JEAN PIAGET"

Jean Piaget

Nós dias de hoje principalmente na vida acadêmica passamos por momentos de estremo horror, tendo em vista que, dependemos muitas vezes do desejo que nem é nosso e sim de quem esta nós avariando , sabemos que a avaliação nem sempre está de acordo com que aprendemos ou queremos aprender, depende muitas vezes do estado de espírito de quem esta avariando, da relação que ele estabelece com aluno. Jean Piaget tece algumas palavras em pensamento a respeito da relação humanas, por que sim. Avaliação de aprendizagem é somente uma relações humanas de conhecimento muitas vezes sem sentido algum. Sabe quando você sabe que você apenas está repetindo algum sem sentido para satisfazer o professor isso acontece em quase todos os campos da educação na forma de provas onde alunos que conseguem obter notas “altas” , depois de alguns dias não consegue lembra nada que tinha escrito na prova passada a alguns dias atrás, seria então um avaliação do conhecimento não adquirido é sim decorado por algumas horas  com adjetivo de atingir desejo do mestre. Todo esse contexto vai de encontro às idéias de Piaget o mesmo diz que: a principal meta da educação é criar homem que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir as que outras gerações já fizeram  formar mentes que estejam com condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que se propõem.basta assumimos uma posição contraria a essa violência que está acabando com a alta estima dos alunos, destruindo a senso críticos da aprendizagem mesmo no campo do centro de educação onde deveria se o lugar onde nunca deveria acorrer tal absurdo.por sermos estudiosos do assunto e mesmo assim acabamos por cometer os mesmo erros tão anunciados a tempos atrás.       
        
Paulo .16-05-2011

domingo, 15 de maio de 2011

Pensamento de Jean Piaget.





      
 A infância é o tempo de maior   
criatividade na vida de um ser 
humano.


      Priscila Gonçalves.

Esquema do processo de construção do conhecimento



Para Piaget, a construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou, acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em construção de esquemas ou conhecimento. Em outras palavras, uma vez que a criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta fazer uma acomodação e após, uma assimilação  o equilíbrio é, então, alcançado.

Priscila Gonçalves.

“construtivismo sequencial”

 O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intra-uterino e vai até aos 15 ou 16 anos. Piaget diz que a embriologia humana evolui também após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. A construção da inteligência dá-se portanto em etapas sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras. A isto Piaget chamou de “construtivismo sequencial”.
Esses períodos em que se dá este desenvolvimento motor, verbal e mental é:
 Período Sensório-Motor - do nascimento aos 2 anos, aproximadamente. 
      A ausência da função semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência iminentemente prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele).
 Período Simbólico - dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente. 
      Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem"). A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os pares são constantemente trocados. 
      Existem outras características do pensamento simbólico que não estão sendo mencionadas aqui, uma vez que a proposta é de sintetizar as idéias de Jean Piaget, como por exemplo o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), superdeterminação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é “meu”), etc.
Período Intuitivo - dos 4 anos aos 7 anos, aproximadamente. 
      Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo. Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem no entanto incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro. 
      Os Períodos Simbólico e Intuitivo são também comumente apresentados como Período Pré-Operatório.
 Período Operatório Concreto - dos 7 anos aos 11 anos, aproximadamente. 
      É o período em que o indivíduo consolida as conservações de número, substância, volume e peso. Já é capaz de ordenar elementos por seu tamanho (grandeza), incluindo conjuntos, organizando então o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo a chefia. Já podem compreender regras, sendo fiéis a ela, e estabelecer compromissos. A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que no entanto possam discutrir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.
 Período Operatório Abstrato - dos 11 anos em diante. 
      É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. É quando o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro. É, finalmente, a “abertura para todos os possíveis”. A partir desta estrutura de pensamento é possível a dialética, que permite que a linguagem se dê a nível de discussão para se chegar a uma conclusão. Sua organização grupal pode estabelecer relações de cooperação e reciprocidade.

Priscila gonçalves.

Jean Piaget -Tendência Cognitiva

  
Jacqueline Silva                                                                                                                                                                                                                                            

Estrutura Cognitiva

O conceito de estrutura cognitiva é central para a teoria de Piaget. Estruturas cognitivas são padrões de ação física e mental subjacentes a atos específicos de inteligência e correspondem a estágios do desenvolvimento infantil. Existem quatro estruturas cognitivas primárias - estágios de desenvolvimento - de acordo com Piaget: sensorial-motor, pré-operações, operações concretas e operações formais. No estágio sensorial-motor (0-2 anos), a inteligência assume a forma de ações motoras. A inteligência no período pré-operação (3-7 anos) é de natureza intuitiva. A estrutura cognitiva durante o estágio de operações concretas (8-11 anos) é lógica, mas depende de referências concretas. No estágio final de operações formais (12-15 anos), pensar envolve abstrações.
As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. O desenvolvimento cognitivo consiste de um esforço constante para se adaptar ao meio em termos de assimilação e acomodação. Nesse sentido, a teoria de Piaget é similar a outras teorias de aprendizagem contrutivistas como as Bruner e Vygotsky.
Embora os estágios de desenvolvimento cognitivo identificados por Piaget estejam associados a faixas de idade, eles variam para cada indivíduo. Além disso, cada estágio tem diversas formas estruturais detalhadas. Basta observar que o período operacional concreto tem mais de quarenta estruturas distintas, cobrindo classificação e relações, relações espaciais, tempo, movimento, oportunidade, número, conservação e medida. Uma análise detalhada similar das funções intelectuais é fornecida por teorias de inteligência, como Guilford, Gardner e Sternberg.
Piaget explorou as implicações de sua teoria em todos os aspectos do desenvolvimento da cognição, inteligência e moral. Muitos dos experimentos de Piaget foram focalizados no desenvolvimento de conceitos matemáticos e lógicos. A teoria foi bastante aplicada no modelo de prática de ensino e de currículo na educação elementar (Bybee & Sund, 1982; Wadsworth, 1978).
O desenvolvimento cognitivo tem como facilitador atividades ou situações que envolvam os aprendizes e que requeiram adaptação destes. Os materiais de aprendizado e atividades devem envolver um nível apropriado de operações motoras ou mentais para uma criança de uma dada idade. É preciso evitar o pedido para que os aprendizes realizem tarefas que estejam além de suas capacidades cognitivas atuais. 

Jacqueline Silva

Piaget: o desenvolvimento humano


O desenvolvimento humano, no modelo piagetiano, é uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer. Tendo como fatores complementares o processo de maturação do organismo, a experiência com objetos, a vivência social e a equilibração do organismo ao meio. Por sua vez, a relação com o objeto, embora essencial, da mesma forma também não é uma condição suficiente ao desenvolvimento cognitivo humano, no entanto, é necessário também o exercício do raciocínio. Em vista disso, a elaboração do pensamento lógico demanda um processo interno de reflexão. Ao tentar descrever a origem da constituição do pensamento lógico, Piaget focaliza o processo interno dessa construção.
As idéias de Piaget representam uma compreensão do desenvolvimento humano, na medida em que é evidenciada uma tentativa de integração entre sujeito e o mundo que o rodeia. O papel do meio no funcionamento do indivíduo é desprezado a um plano secundário, pois ainda permanece a predominância do indivíduo em detrimento das influências que o meio exerce na construção do seu conhecimento.
Ass: Niviane Araújo
A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.

jean piaget


ass:nataly carla

sábado, 14 de maio de 2011

Frases de Jean Piage

" O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança
descobrir. Cria situações-problemas".
Os fenômenos humanos são biológicos em suas raízes, sociais em seus fins e mentais em seus meios.

Quando olho uma criança ela me inspira dois sentimentos, ternura pelo que é, e respeito pelo que posso ser.


A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."
Núbia